Piadas Repetidas e Gamers Superaquecidos

A manhã de ontem foi mais do mesmo. Cheguei, abri uns emails, encaminhei uns emails, respondi a uns emails, the end… Já devem estar a perceber certo?
Como ontem não se preparou comida por causa da saga da máquina da loiça, o almoço foi um clássico da fast-food no KFC. Estava com pouca paciência para procurar bons pratos e como estava sozinho, pus os podcasts em dia. Peguei nos earphones e abri a lista do Homem Que Mordeu o Cão e a Mixórdia de Temáticas.
Já no restaurante escolhi a maior sandwich dupla que eles têm. Sim, estava com fome (ou desejos?).
Mal acabei de empanturrar-me, toca o telefone. Era o meu pai. O meu velhote está cada vez mais velhinho e, pelos vistos, acha que estou reformado como ele. A chamada era para um favor muito… único. Queria que fosse a casa dele buscar “a colheita de expetoração” para trazer ao hospital para análise. O papi tem problemas respiratórios e faz esta análise com alguma frequência.
Disse-lhe para falar com o meu irmão, que podia passar pelo hospital a caminho do trabalho e trazer-me aquilo. Obviamente, o meu pai não lhe disse nada. Quem diria que moram na mesma casa…
Resultado? Nem expetoração, nem recados. A memória já não é o que era, mas a comunicação entre eles está pior que o meu Benfica.
Bom, liguei ao meu irmão para amanhã me trazer os frascos.

Paciência ao Nível Hospitalar

E por falar em paciência à prova, no hospital temos a mcoliveira, uma jovem já com alguma idade.

Normalmente, aceito as brincadeiras para não criar mau ambiente ou dar mais motivos para lembrar o meu “mau feitio do costume”. Mas há gente que não tem noção de limites. Não que me esteja a faltar ao respeito, mas a insistência constante na mesma piadola começa a moer.
Às vezes, tento dar a entender subtilmente que a piada já cansa, mas não sei se é propositado ou não (sinceramente, não acredito que seja) – a criatura simplesmente não percebe.
É sempre o “a culpa é do Filipe”, ou “vou ter de lhe dar um pimpim”. Enfim… Sinto que estou a começar a ter dificuldade em manter o equilíbrio entre ser simpático, bem-humorado e compreensivo, e, ao mesmo tempo, reduzir os excessos e não dar margem para eventuais abusos.
Um dia destes, a paciência vai esgotar-se e não vai haver margem para interpretações.

Revolução gamer

Quando cheguei a casa o capitão estava frustrado porque a meio da sua vida super ocupada a jogar jogos de computador com os amigos, o portátil simplesmente passou-se.
Ele tinha o portátil guardado num armário KALLAX do Ikea, no quarto, e embora aquilo seja aberto, não tem espaço suficiente para respirar. Long story short, aqueceu, foi abaixo.
Resultado? O Capitão remodelou a secretária. Passou o monitor para a minha secretária, guardou o teclado e agora tem o portátil sozinho na mesa.

Dia comum? Talvez. Mas, no final de contas, são estes pormenores que recheiam o dia a dia: pais com pedidos originais, colegas que testam os limites e portáteis com vida própria. Venha o que vier, a saga continua. E amanhã há mais.